Vivemos numa era em que as exigências e pressões diárias podem ser avassaladoras. Assim, o autocuidado surge como um antídoto essencial para preservarmos a nossa saúde, bem como o nosso bem-estar físico e emocional, sendo este uma necessidade e não um luxo ou privilégio. Acredito que todos nós, de alguma forma, já tenhamos tido acesso a esta ideia. No entanto, apesar de nos dias de hoje tendermos a ser “inundados” por uma vasta quantidade de informação referente ao autocuidado e à sua importância, será que sabemos exatamente o que significa?
Frequentemente, a palavra “autocuidado” é associada às práticas que nos proporcionam uma sensação de prazer mais imediata, como skincare, tomar um banho relaxante, dormir o número de horas suficientes, fazer uma caminhada na natureza, entre outras. Embora estas práticas sejam indiscutivelmente imprescindíveis para a nossa saúde e bem-estar, e haver a necessidade de serem incluídas na nossa rotina diária, não são as únicas formas de cuidarmos de nós.
Sabias que o autocuidado pode, em alguns momentos, implicar algum desconforto? Pode parecer paradoxal, mas práticas como impormos os nossos limites, aceitarmos e pedirmos ajuda quando sentimos necessidade, afastarmo-nos de pessoas ou relacionamentos considerados tóxicos, praticarmos autocompaixão e perdoarmo-nos, são, também, exemplos de práticas de autocuidado! Apesar de, por vezes, poderem ser mais desafiantes, muitas vezes devido à necessidade de sairmos da nossa zona de conforto, são tão necessárias para o nosso bem-estar como aquelas práticas que nos proporcionam uma sensação de bem-estar mais imediata. Ao integrarmos todas essas práticas, não apenas promovemos uma sensação de bem-estar a curto e longo prazo, mas também construímos uma base sólida para uma vida mais plena e equilibrada.
A principal mensagem que quero transmitir é que o autocuidado começa quando tu te colocas em primeiro lugar e cuidas de ti em todas as dimensões da tua vida, quer isso implique atividades que possam ser mais simples e prazerosas no momento imediato ou mais desafiantes para ti. Posto isto, convido-te a (re)pensar acerca de como tens cuidado de ti e a implementar algumas das práticas que referi (e outras), se ainda não o fazes.
O autocuidado pode levar a uma transformação gradual da tua qualidade de vida, por isso, começa hoje a cuidar daquela que deve ser a pessoa mais importante da tua vida, TU!
Autoria: Raquel Oliveira